Corpo e Movimento IAVM

Nesse blog, falaremos sobre a Pedagogia do Corpo e seus fundamentos, das implicações do movimento à Educação, de uma visão da Psicomotricidade, seus elementos, fundamentos e sua contribuição para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Grupo Saber

Grupo :

Benício Dias Simões
Corinne Cecília da Costa Cunha
Leandra Ribeiro de Almeida
Márcia Raquel Lains Sampaio
Maria Angélica Ribeiro Pinto
A construção da consciência corporal


Fonte: http://www.maecomfilhos.com.br/blog/index.php?tags=movimento

Desde que a criança nasce ela se movimenta, já que o ser humano é feito para o movimento. Conforme o tempo passa, a criança adquire controle sobre o movimento do seu corpo, mas esse estímulo deve ocorrer desde os primeiros meses através dos gestos e mímicas faciais na comunicação, o que promoverá um diálogo entre o adulto e o bebê, com identificação das suas necessidades e desconfortos.
Nas creches, o educador, além da comunicação, deve estimular a linguagem oral, cantar cantigas, que além de estimular o ritmo no bebê, a sonoridade, lhe provoca prazer e relaxamento O estímulo ao movimento é também importante para que o bebê desenvolva habilidades do virar, sentar, engatinhar , muito importantes para adquirir confiança para andar, tornando-se independente para a locomoção. Na creche o bebê deve ser estimulado a virar-se sobre o próprio corpo, ser deixado de bruços para firmar a cabeça, segurar na mãozinha do bebê para que faça força para se levantar. O bebê dedica seu tempo na exploração do corpo, observa as mãozinhas, seus movimentos, segura os pés, coloca-os na boca, explora o seu corpo usando gestos e movimentos sobre eles. Esta apropriação é uma fase importante para a construção da sua consciência corporal, pois quando a criança começa finalmente a andar, a criança se apropria de uma independência que lhe favorece explorar o ambiente que a cerca a partir de então.

A prevenção pela educação do movimento global




Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/colunas_anteriores/index.php?ano=2007&dia=1&mes=9


É imprescindível a prática preventiva da educação do movimento para o desenvolvimento global do bebê e da criança, abordando as diferentes etapas do desenvolvimento motor do bebê, desde o seu nascimento até a "marcha", partindo das atividades mais simples na rotina do bebê,como mamar, tomar banho, trocar fraldas, que são uma base para que os educadores criem condições favoráveis para que estes gestos se construam dentro de uma organização psicomotora saudável e funcional, que venha a facilitar o bem-estar. Os princípios da Coordenação Motora e devem estar presentes já nos gestos diários e na massagem do bebê, e mais tarde na integração de sua personalidade. A partir da marcha a organização motora torna-se mais complexa com o uso do corpo no espaço, do movimento expressivo, sendo imprescindível a linguagem corporal, a organização postura para sentar-se, segurar o lápis, carregar a mochila, a partir da consciência corporal e do auto conhecimento. A anatomia deve estar sempre ao alcance da criança, e essas simples atividades, consideradas rotineiras, podem colaborar nos mais diversos desafios comportamentais, como por exemplo, a falta de concentração, a hiperatividade, o direcionamento da agressividade, a noção de limites e de vida em grupo, além de ampliar a capacidade expressiva da criança.


O significado do movimento para a criança






Fonte: http://www.escolaterramater.com.br/educainfanmovimento_emindex.htm



O movimento significa muito para a criança pequena, é muito mais do que simplesmente mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se se expressa, comunica pelos gestos, mímicas faciais, interage com o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se a todas as atividades da criança e o ato motor encontra-se presente em suas funções expressivas, instrumentais, de sustentação às posturas e aos gestos.

Brincar, jogar, imitar, criar ritmos e movimentos faz com que as crianças se apropriem da cultura corporal no meio social em que estão inseridas. Em brincadeiras como o faz-de-conta, por exemplo: as crianças agem e pensam como se fossem as mamães, o filhinho, o médico, o herói, o vilão, imitando e recriando personagens, sejam esses observado ou imaginado, de acordo com a sua vivência. A fantasia e a imaginação são fundamentais para a relação da criança com o próprio “eu” e com os outros.




A aprendizagem através da recreação dirigida















Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu corpo, forma conceitos e organiza o esquema corporal. A Psicomotricidade permite a tomada de consciência do corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele, localizando-se no tempo e no espaço. A partir de uma intenção, o movimento transforma-se em comportamento com significado e é importante que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento. O educador deve prever a formação de base em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico por meio de jogos, atividades lúdicas, para que a criança se conscientize sobre o seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve aptidões perceptivas, além do controle mental de sua expressão motora, e deve o educador realizar atividades considerando os seus níveis de maturação biológica.
A recreação dirigida proporciona a aprendizagem e ajuda na conservação da saúde física, mental, no equilíbrio sócio-afetivo, favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade, visando à formação da sua personalidade. Algumas sugestões de exercícios psicomotores que trabalham os objetivos acima são: Engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão, subir/ descer entre outras. A recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, é fator de equilíbrio entre cognição e corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.




A importância da Psicomotricidade na Alfabetização














Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/clipping/alfabetizacao.php





A Psicomotricidade objetiva o desenvolvimento global da criança no processo de ensino-aprendizagem, visando os aspectos físicos, mental, e sócio-cultural na realidade dos educandos, capacitando a coordenação dos movimentos e exercitando múltiplas funções psicológicas, motoras, de memorização, atenção, observação, raciocínio, discriminação. Várias crianças apresentam déficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando as habilidades necessárias a este avanço, levando ao diagnóstico feito por um Psicopedagogo. No entanto, este quadro pode ser evitado se as Instituições adotarem o brincar como recurso necessário e diário no planejamento da Educação Infantil.
A criança que rasteja, corre, engatinha, percebe diferenças, canta, dança, brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de esconde-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... Dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização, por adquirir ritmo, noção de esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grossos, altos / baixos, grandes / pequenos e tantas outras habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça, soprar canudinhos, confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e também a observação das diferenças entre b e d, por exemplo. As trocas de V por F, D por T, podem ser evitadas com atividades que estimulem a percepção auditiva das crianças. Todas as atividades citadas possibilitam também a socialização dos educandos, respeito às regras das atividades, disciplina e cooperação. A criança que faz parte de uma Educação Infantil que enfatiza as brincadeiras não encontrará dificuldades no processo de alfabetização, pois aprendeu aquilo que no tempo certo irá colocar no papel. Quando esta fase não é devidamente trabalhada, os danos se estenderão por boa parte ou até mesmo por toda vida escolar da criança. A alfabetização pode e deve ser trabalhada na Educação Infantil, mas de forma lúdica e sempre respeitando a idade e o tempo da criança.





A relevância da dança e do esporte para uma educação global

























http://blog.praticaesportiva.com.br/2007/04/02/beneficios-da-danca-na-educacao-das-criancas/







A dança tem como eixo norteador a integração através da arte e da música e essa prática oferece ao estudante uma educação global, podendo ser praticada por crianças cegas, surdas, sendo de grande valor para o seu desenvolvimento global. Através da ludicidade a criança desenvolve o desejo pela arte, alcançando amplo progresso psicomotor, sócio-emocional e cognitivo. Os principais benefícios da dança na infância são: Coordenação, percepção visual, noção espaço-temporal, sociabilidade,disciplina física,conhecimento do seu corpo,boa postura ,habilidade corporal, conhecimento de outras formas de artes.
O esporte também tem grande importância, e na luta pela inclusão times de grande porte como o São Paulo e o Coríntians já investem na criança cadeirante, objetivando a inclusão. No entanto, essas crianças esbarraram em bastante resistência de alguns torcedores de outras equipes no início. Venceram e se tornaram ídolos, exemplos de vida. A escola tem como proceder da mesma maneira, objetivando o desenvolvimento global da criança, até mesmo para que ela possa suprir a falta de visão, de movimentos, de audição, através dos sentidos e do movimento, o que muito auxilia em seu desempenho escolar.







A criança cadeirante no processo de Inclusão escolar
































Uma criança com deficiências motoras severas e fala limitada e/ou inexistente tem dificuldades de manter uma conversa, ficando muitas vezes limitada a respostas de uma ou duas palavras. A criança cadeirante necessita que não apenas nas ruas, praças e transportes públicos, mas que também as escolas tenham meios de recebê-la, não dificultando a sua locomoção, pois isso gera o preconceito, o constrangimento de parecer “diferente” e que faz com que alguns colegas se considerem “superiores” somente pelo fato de não apresentar um problema físico evidente. Como pode ser analisado no vídeo Pedro e a Inclusão, deve haver pátios e parques nas escolas adaptados para a melhor locomoção e inclusão, para que haja uma real integração das crianças cadeirantes. Segundo a Apae (http://www.apae.org.br/) muitas vezes uma mãe de criança cadeirante precisa rodar 20 vezes um mesmo brinquedo em uma praça por falta de opções para a sua necessidade, e o mesmo ocorre na maioria das escolas, apesar da inclusão.








A presença da psicomotricidade no currículo escolar na Espanha.




















































Na Espanha, a Psicomotricidade está presente no currículo de praticamente todas as escolas públicas e particulares. Há para as turmas uma sessão de uma hora de duração todas as semanas. Nessas sessões as crianças têm oportunidade de se expressar de forma plena, podem demonstrar como realmente são. Segundo o professor Miguel Liorca ( foto) “ Aplicam suas possibilidades cognitivas , físicas, psíquicas, afetivas, relacionais e tantas outras que só são possíveis de serem vistas quando uma criança brinca.”
Vale ressaltar que a psicomotricidade não é apenas brincar em uma sala com matérias coloridos, outras crianças e um adulto. No trabalho psicomotor há espaço para uma verdadeira inclusão. Nele as crianças realmente fazem aquilo que sentem vontade, se expressam à sua maneira e assim podem aprender e a respeitar os outros. Compreendem e aprendem a ter limites sem que para isso seja necessário castigo ou punição. Assimilam conceitos, interiorizam valores e demais ensinamentos, os quais serão utilizados ao longo da vida, aprendendo de forma divertida, efetiva e rica em experiências.


















Psicomotricidade relacional





































Fonte: http://www.casadecrianca.com.br/site/wp-content/uploads/2007/06/psico_02.jpg




















A Psicomotricidade relacional é um método desenvolvido pelo francês André Lapierre, com seus fundamentos na teoria de Henry Walllon.
O alicerce deste método está na comunicação não- verbal, com ênfase nos aspectos relacionas, psicofísicos, socioemocionais, cognitivos e afetivos de cada ser humano.
Tem por escopo lidar com o ser humano e suas variadas formas de manifestação. É uma prática que procura dar espaço de liberdade onde a criança aparece inteira: com seu corpo, suas fantasia, sua inteligência em formação.
Constitui também uma ferramenta importante para a compreensão do ser humano em sua globalidade, visto que são através do corpo que se podem mostrar desejos, frustrações, necessidades, desde a mais tenra idade.
A Psicomotricidade Relacional vem ao encontro dos alunos como prevenção, levando-os a alcançar o equilíbrio no seu desenvolvimento.Por meio de trabalhos em grupo em que se privilegia a comunicação não-verbal, a Psicomotricidade Relacional na escola visa proporcionar:
· Despertar para o desejo de aprender.
· Prevenir dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica.
· Estimular a criatividade.
· Facilitar a integração social, elevando a capacidade da criança para enfrentar situações novas e criar estratégias positivas em suas relações. Estimular para o ajuste positivo da agressividade, inibição, dependência, afetividade, auto-estima, entre outros distúrbios do comportamento




















Estimulação psicomotora para bebês





















































Com esta prática, os pais têm a oportunidade de conhecer de perto o desenvolvimento psicomotor de seus filhos, a fim de que possam respeitar o seus ritmo individual e propiciar o desenvolvimento de suas potencialidades, através de exercícios, materiais e outros recursos para estimulação cognitiva e psicomotora. Serve também como espaço de socialização para pais e bebês, que dividem entre si as descobertas, dúvidas e alegrias de cada fase.
Os grupos de estimulação propiciam um espaço para que os bebês passem pelas etapas do desenvolvimento motor e perceptivo de forma adequada (do ponto de vista do desenvolvimento muscular, sensibilidade e cognição), evitando que a criança transpasse etapas importantes para seu futuro.
A estimulação tem objetivo na intensificação dos vínculos afetivos do bebê com sua família e o favorecimento da própria percepção, com os limites do corpo mais reconhecidos, as reações de proteção e segurança dos bebês no espaço mais desenvolvidas, maior qualidade de movimentos e conseqüentemente, maior auto confiança e auto-estima.











Diversidade - Imagem corporal ( Conclusão)











Com base nos videos ( um olhar sobre a inclusão,inclusão e Pedro e a escola inclusiva).
O conceito "inclusão"devera ter uma aplicação mais vasta porque criança em qualquer altura de sua vida escolar e/ou extra escolar pode ter dificuldades educativas e/ou sociais(as que dizem respeito a sua etnia, classe social, etc.) e será com seus pares que ultrapassará essa fase, prosseguindo o seu desenvolvimento.
Desta forma, as mudanças que ocorrem no sistema educativo irão beneficiar todas as crianças. Por outro lado, o desenvolvimento humano constrói-se em relação com o meio e com os outros. O indivíduo influencia mais também é influenciado. É nesta perspectiva que todos podem contribuir, para melhorar a nossa Sociedade.
Pretende-se assim, atingir uma "Sociedade participativa" por todos, porque cada um tem algo de útil para o desenvolvimento da humanidade, potenciando a participação dos mais diferentes grupos e/ou indivíduos. As várias diferenças conjugam-se para o mesmo fim a "construção" de uma Sociedade inclusiva sem preconceitos onde todos têm direito à sua individualidade.
A aquisição da conciência dos limites do próprio corpo é um aspecto importante do processo de diferenciação do eu e do outro e da construção da identidade.
Por meio das explorações que faz, do contato físico com outrs pessoas, da observação daqueles com quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e comunica-se pela linguagem corporal.
A instituição deve gerar um ambiente de acolhimento que dê segurança e confiança às crianças, garantindo oportunidades para que sejam capazes de:
4Experimentar e utilizar os recursos de que dispõe para a satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados, e agindo com progressiva autonomia;
4Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente seus limites, sua unidade e as sensações que ele produz;
4Brincar;

4Interessar-se progressivamente pelo cuidado com o próprio corpo, executando ações simples relacionadas à saúde e higiene;
4 Relacionar-se progressivamente com mais crianças, com seus professores e com demais profissionais da instituição, demonstrando suas necessidades e interesses.

2 comentários:

Fatima Alves disse...

A clareza de idéias ilumina o caminho da vida e a vida é aquilo que cada um faz dela. Tudo na vida é importante, desejável e conquistador. Para crescer é preciso caminhar. Deixar a criança caminhar é oferecer a ela passos para conquistar. Não esqueçam: A caminhada começa no ventre da mãe.
Parabéns ao Grupo Saber. Fátima Alves

Cleópatra Carvalho disse...

É de suma importância abordar temas como esse. Parabéns ao Grupo Saber! Sou professora alfabetizadora e sinto a necessidade em se trabalhar os movimentos e coordenação motora em atividades diferenciadas com as crianças. Realmente, tudo isso contibui para a aprendizagem das mesmas.