Nesse blog, falaremos sobre a Pedagogia do Corpo e seus fundamentos, das implicações do movimento à Educação, de uma visão da Psicomotricidade, seus elementos, fundamentos e sua contribuição para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Corpo e movimento Instituto á Vez do Mestre Curso : Graduação em PedagogiaAluna :Renata Marques Costa Neves /mat.: P00402Professora :Fátima Alves Este Projeto, pretende mostrar as propostas de atividades com Movimento Expressivo, apresentadas no Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil assim como sua aplicabilidade em Centros de Referências, Instituições e Escolas da Rede Pública ou Privada da Cidade.Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo, tudo isso visando à formação da sua personalidade.
O vídeo é um trabalho da ONG Vez da Voz e o projeto é o Contadown. E a história que o contador de histórias Ariel está contando chama-se Música do Silêncio, de Claudia Cotes. Rafaella interpreta em Libras para "ouvintes" deficientes auditivos. Aline dança e Sara canta Faz sempre Sol, do também autor e interprete em libras Fabiano. Um belo e eficiente trabalho de integração das artes, e mais que isso ou também por isso, das pessoas. E por isso, bonito de ver, ouvir e sentir...
Este vídeo mostra um casal deficiente físico dançando. Junto com estas imagens citaremos um trecho do Livro dos Abraços:
"Quando é verdadeira, quando nasce da necessidade de dizer, a voz humana não encontra quem a detenha. Se lhe negam a boca, ela fala pelas mãos, ou pelos olhos, ou pelos poros, ou por onde for. Porque todos, todos, temos algo a dizer aos outros, alguma coisa, alguma palavra que merece ser celebrada ou perdoada”.
Eduardo Galeano
E sendo três um bom número, postamos mais este vídeo, que já correu bastante na rede, mas que nunca é tarde para relembrar e refazer a pergunta: afinal, quem é deficiente, anormal, diferente, excluído? De uma forma ou de outra, nos parece que todos nós somos, uma coisa ou outra. Mas todos temos algo em comum: nossa humanidade. Somos humanos, portanto. Seres humanos que precisamos de generosidade, solidariedade, boa vontade, coragem, perseverança, gratidão, compaixão, perdão, justiça, ... e oportunidade para crescer, se desenvolver, pensar, dizer o que sente, o que pensa, se expressar, e rir e chorar, e amar e, finalmente, ser feliz.
Nome da instituição: A Vez do Mestre Data: 21 de Agosto de 2009 Nome do autor: Grupo Inteligências - Bianca Zagury, Lucia Helena Ramos, Lenita Correa e José Lyra. Nome do curso: Licenciatura em Pedagogia Nome da disciplina: Corpo e Movimento Nome do professor responsável pela disciplina: Fátima Alves
Nome da Instituição: Playgym Data: as fotos referem-se às atividades desenvolvidas entre março e junho de 2009. Nome do autor: as fotos foram tiradas por José Lyra Szajnberg. Nome da disciplina: desenvolvimento infantil Aucouturier Nome da professora responsável: Carla Maia
As fotos acima referem-se a algumas atividades desenvolvidas com crianças na faixa etária de 3 anos pela equipe do Playgym. Essa instituição desenvolve suas atividades a partir do método Aucouturier de desenvolvimento infantil. O Playgym atende crianças de 1 a 4 anos e o trabalho é supervisionado pelo próprio Bernard Aucouturier que, anualmente, visita o Brasil. Em julho último ele esteve no nosso país e proferiu uma palestra no Shopping da Gávea.
Todas as atividades desenvolvidas no Playgym seguem as premissas preconizadas por Bernard Aucouturier na aplicação do seu método de aplicação da psicomotricidade no desenvolvimento infantil, das quais citamos, abaixo, alguns exemplos:
Atividades que geram movimento – prazer que gera na criança atenção e intenção de participar. Interação com outras crianças e com adultos como facilitadores da socialização. Contato com os fantasmas da ação – contação de estórias, elaboração do fantasma de devoração – sair do real para o simbólico Desequilíbrio/equilibrio físico na busca do desenvolvimento do sistema nervoso central – a capoeira, as almofadas, o espaldar, o túnel, os objetos. A música e a dança como fontes de prazer e contato com o espaço. O pegar os objetos como asseguramento simbólico contra a perda (metáfora do corpo desejado da mãe) A liberdade para a experimentação – a ação libertadora. A repetição da ação como segurança para a aquisição de conhecimentos futuros. As brincadeiras como resistências ao ambiente – o prazer em resolvê-las.
Além de todo o planejamento das atividades como base para a aplicação dos objetivos preconizados pelo método Aucouturier, o Playgym conta com uma equipe de profissionais de várias áreas (psicologia, pedagogia, música, teatro, capoeira) preparados para, durante todo o tempo, observar atentamente o comportamento de cada criança buscando acompanhar o seu desenvolvimento nos níveis emocional, social e cognitivo. A cada período trimestral é feita uma avaliação do desenvolvimento da criança e essa avaliação é discutida com os pais, quando são discutidos os passos subseqüentes e, até, medidas adicionais, se necessário. Por exemplo: há crianças que podem precisar de apoio de outros profissionais como fonoaudiólogas, psicólogas, etc. Pode acontecer, também, de a própria família precisar de ajuda a partir do diagnóstico apresentado pela criança.
Curso: PedagogiaDisciplina: Corpo e Movimento – Psicomotricidade
Autor(a): Janaína S. G. Martins
Professora: Fátima Alves
Grupo: Movimento
Alunas: Eliane Muniz Félix
Janaína Silva Geraldo Martins
Maria José Souza Rios
A DANÇA COMO CONTRIBUIÇÃO AO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
A dança favorece o equilíbrio entre corpo e mente, por isso é utilizado como recurso pedagógico facilitador no processo de ensino-aprendizagem. para as crianças que possuem dificuldades de aprendizagem, ou algum tipo de deficiência relacionado ao seu desenvolvimento psicomotor, a dança se coloca como uma atividade prática, de interação com o próximo e seu meio, como uma linguagem compreendida de forma universal, de forma a integrar o grupo, formados por crianças que possuam deficiências e as que não possuem também.
Desta forma a compreensão se faz presente dos dois lados; a criança que possui deficiência compreende que também pode fazer parte do ‘mundo’ daquela outra criança dita como ‘normal’ (não evolui da mesma forma), mas participa em conjunto; a criança caracterizada como ‘normal’ quebra paradigmas, ao verificar que a diferença do outro não interfere no seu desenvolvimento, um pouco limitado, mas não inalcançável. nos vídeos complementares sobre inclusão, principalmente “pedro e a escola inclusiva” percebemos o quanto as instituições se caracterizam como ‘inclusivas’ e, antes mesmo de tentar expôr sua prática, já separa as crianças caracterizadas como ‘diferentes’ ou ‘deficientes’, das ditas ‘normais’. é claro que não podemos deixar de visualizar as limitações físicas de cada um, mas priorizamos as limitações contidas em cada um de nós, como pré-conceitos que exigem nossa separação das pessoas julgadas ‘incapazes’ por achar que atrapalham o seu desenvolvimento ou o progresso da atividade.
Vimos na dança um instrumento para se trabalhar a educação pelo corpo inteiro, pois desta forma:
trabalhamos as dificuldades de relacionamento em equipe;
sentimos a essência de cada aluno, expressas através de sua linguagem corporal;
administramos conflitos, diferenças e desigualdades;
resgata o lúdico, estimula a criatividade, inibindo a timidez;
estimula o raciocínio e a aprendizagem, de acordo com os movimentos e a sincronicidadedas atividades;
trabalha todos os movimentos do corpo, integrando corpo e mente;
socializa o grupo, estendendo à família, amigos e vizinhos.
ACIMA VISUALIZAMOS A TROCA, NECESSÁRIA PARA O BOM DESENVOLVIMENTO EM GRUPO, PARA A SEQUÊNCIA DAS AÇÕES E O RESULTADO FINAL. ATRAVÉS DE RODA NOS SOCIALIZAMOS NO GRUPO, ATRAVÉS DO HIP HOP, EXPRESSAMOS MAIS NOSSOS SENTIMENTOS E O QUE ESPERAMOS DE NÓS E DO NOSSO MEIO, EXTERNALIZANDO NOSSOS MEDOS, DÚVIDAS E ANGÚSTIAS, POR CAUSA DE SUA LIBERDADE EXPRESSÃO. OUTRAS DANÇAS, OUTRAS CARACTERÍSTICAS; CADA UMA, À SUA FORMA ENFOCA UMA EMOÇÃO, UM OBJETIVO DIFERENTE, BASTA SABER TRABALHAR DA MELHOR FORMA, FOCANDO NO DESENVOLVIMENTO DE CADA UM E PENSANDO SEMPRE NA EVOLUÇÃO DO GRUPO.
ABAIXO VEMOS SITUAÇÕES QUE SÃO NECESSÁRIAS PARA A CONSTRUÇÃO DA DANÇA; EXERCÍCIOS ESTIMULAM A COORDENAÇÃO MOTORA, AO EQUILÍBRIO, LEVANDO TODOS A PARTICIPAREM EM CONJUNTO, CONSTRUINDO O RITMO A SER PENSADO.
CONCLUSÃO
A dança estimula o prazer e a criatividade, elementos indispensáveis para a força de vontade de querer sempre ultrapassar barreiras. vimos através das imagens do “balé chinês” a superação dos bailarinos e nos emocionamos; não por sentimento de pena, mas por percebemos o quanto não valorizamos, buscamos e estimulamos nossos potenciais, evidenciados na dança, conforme as imagens; refletimos quanto às nossas limitações inexistenciais. falo desta forma porque o ser humano, por si só, diante das dificuldades coloca barreiras sem antes mesmo tentar; é claro que nem sempre almejamos o que queremos, mas tudo depende de nossa força de vontade.
• Nome da instituição Instituto A Vez do Mestre • Data 21/08/2009 • Nome do autor Marli Reis Valle Martins - Grupo Somos Nós • Nome do curso Pedagogia • Nome da disciplina Corpo e Movimento • Nome do professor responsável pela disciplina Fatima
É brincando, que a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, a brincadeira proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção. O brinquedo é a oportunidade de desenvolvimento. Ele traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. A qualidade de oportunidade que estão sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e de brinquedos garante que suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem. O brincar e o jogar são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual. Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a auto-estima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc.
Desde que a criança nasce ela se movimenta, já que o ser humano é feito para o movimento. Conforme o tempo passa, a criança adquire controle sobre o movimento do seu corpo, mas esse estímulo deve ocorrer desde os primeiros meses através dos gestos e mímicas faciais na comunicação, o que promoverá um diálogo entre o adulto e o bebê, com identificação das suas necessidades e desconfortos. Nas creches, o educador, além da comunicação, deve estimular a linguagem oral, cantar cantigas, que além de estimular o ritmo no bebê, a sonoridade, lhe provoca prazer e relaxamento O estímulo ao movimento é também importante para que o bebê desenvolva habilidades do virar, sentar, engatinhar , muito importantes para adquirir confiança para andar, tornando-se independente para a locomoção. Na creche o bebê deve ser estimulado a virar-se sobre o próprio corpo, ser deixado de bruços para firmar a cabeça, segurar na mãozinha do bebê para que faça força para se levantar. O bebê dedica seu tempo na exploração do corpo, observa as mãozinhas, seus movimentos, segura os pés, coloca-os na boca, explora o seu corpo usando gestos e movimentos sobre eles. Esta apropriação é uma fase importante para a construção da sua consciência corporal, pois quando a criança começa finalmente a andar, a criança se apropria de uma independência que lhe favorece explorar o ambiente que a cerca a partir de então.
É imprescindível a prática preventiva da educação do movimento para o desenvolvimento global do bebê e da criança, abordando as diferentes etapas do desenvolvimento motor do bebê, desde o seu nascimento até a "marcha", partindo das atividades mais simples na rotina do bebê,como mamar, tomar banho, trocar fraldas, que são uma base para que os educadores criem condições favoráveis para que estes gestos se construam dentro de uma organização psicomotora saudável e funcional, que venha a facilitar o bem-estar. Os princípios da Coordenação Motora e devem estar presentes já nos gestos diários e na massagem do bebê, e mais tarde na integração de sua personalidade. A partir da marcha a organização motora torna-se mais complexa com o uso do corpo no espaço, do movimento expressivo, sendo imprescindível a linguagem corporal, a organização postura para sentar-se, segurar o lápis, carregar a mochila, a partir da consciência corporal e do auto conhecimento. A anatomia deve estar sempre ao alcance da criança, e essas simples atividades, consideradas rotineiras, podem colaborar nos mais diversos desafios comportamentais, como por exemplo, a falta de concentração, a hiperatividade, o direcionamento da agressividade, a noção de limites e de vida em grupo, além de ampliar a capacidade expressiva da criança.
O movimento significa muito para a criança pequena, é muito mais do que simplesmente mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se se expressa, comunica pelos gestos, mímicas faciais, interage com o apoio do corpo. A dimensão corporal integra-se a todas as atividades da criança e o ato motor encontra-se presente em suas funções expressivas, instrumentais, de sustentação às posturas e aos gestos.
Brincar, jogar, imitar, criar ritmos e movimentos faz com que as crianças se apropriem da cultura corporal no meio social em que estão inseridas. Em brincadeiras como o faz-de-conta, por exemplo: as crianças agem e pensam como se fossem as mamães, o filhinho, o médico, o herói, o vilão, imitando e recriando personagens, sejam esses observado ou imaginado, de acordo com a sua vivência. A fantasia e a imaginação são fundamentais para a relação da criança com o próprio “eu” e com os outros.
Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu corpo, forma conceitos e organiza o esquema corporal. A Psicomotricidade permite a tomada de consciência do corpo e das possibilidades de se expressar por meio dele, localizando-se no tempo e no espaço. A partir de uma intenção, o movimento transforma-se em comportamento com significado e é importante que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento. O educador deve prever a formação de base em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico por meio de jogos, atividades lúdicas, para que a criança se conscientize sobre o seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve aptidões perceptivas, além do controle mental de sua expressão motora, e deve o educador realizar atividades considerando os seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem e ajuda na conservação da saúde física, mental, no equilíbrio sócio-afetivo, favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade, visando à formação da sua personalidade. Algumas sugestões de exercícios psicomotores que trabalham os objetivos acima são: Engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão, subir/ descer entre outras. A recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, é fator de equilíbrio entre cognição e corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.
A importância da Psicomotricidade na Alfabetização
A Psicomotricidade objetiva o desenvolvimento global da criança no processo de ensino-aprendizagem, visando os aspectos físicos, mental, e sócio-cultural na realidade dos educandos, capacitando a coordenação dos movimentos e exercitando múltiplas funções psicológicas, motoras, de memorização, atenção, observação, raciocínio, discriminação. Várias crianças apresentam déficit de aprendizagem devido á ausência de trabalhos focando as habilidades necessárias a este avanço, levando ao diagnóstico feito por um Psicopedagogo. No entanto, este quadro pode ser evitado se as Instituições adotarem o brincar como recurso necessário e diário no planejamento da Educação Infantil. A criança que rasteja, corre, engatinha, percebe diferenças, canta, dança, brinca de roda, de cabra cega, de passar anel, de baliza, de pique-pega, de esconde-esconde, de pique-cola, de macaco disse, de Maria viola, etc... Dificilmente apresentará dificuldades no processo de alfabetização, por adquirir ritmo, noção de esquerda / direita, em cima / em baixo, fino / grossos, altos / baixos, grandes / pequenos e tantas outras habilidades que possibilitam um rápido entendimento do processo de escrita e da leitura. Movimentos de pinça, soprar canudinhos, confeccionar pipas e brinquedos, rasgar e embolar papéis, reconhecimento de partes do seu corpo favorecem o pegar no lápis e nos demais objetos escolares, estimulam o traçado das letras e também a observação das diferenças entre b e d, por exemplo. As trocas de V por F, D por T, podem ser evitadas com atividades que estimulem a percepção auditiva das crianças. Todas as atividades citadas possibilitam também a socialização dos educandos, respeito às regras das atividades, disciplina e cooperação. A criança que faz parte de uma Educação Infantil que enfatiza as brincadeiras não encontrará dificuldades no processo de alfabetização, pois aprendeu aquilo que no tempo certo irá colocar no papel. Quando esta fase não é devidamente trabalhada, os danos se estenderão por boa parte ou até mesmo por toda vida escolar da criança. A alfabetização pode e deve ser trabalhada na Educação Infantil, mas de forma lúdica e sempre respeitando a idade e o tempo da criança.
A relevância da dança e do esporte para uma educação global
A dança tem como eixo norteador a integração através da arte e da música e essa prática oferece ao estudante uma educação global, podendo ser praticada por crianças cegas, surdas, sendo de grande valor para o seu desenvolvimento global. Através da ludicidade a criança desenvolve o desejo pela arte, alcançando amplo progresso psicomotor, sócio-emocional e cognitivo. Os principais benefícios da dança na infância são: Coordenação, percepção visual, noção espaço-temporal, sociabilidade,disciplina física,conhecimento do seu corpo,boa postura ,habilidade corporal, conhecimento de outras formas de artes. O esporte também tem grande importância, e na luta pela inclusão times de grande porte como o São Paulo e o Coríntians já investem na criança cadeirante, objetivando a inclusão. No entanto, essas crianças esbarraram em bastante resistência de alguns torcedores de outras equipes no início. Venceram e se tornaram ídolos, exemplos de vida. A escola tem como proceder da mesma maneira, objetivando o desenvolvimento global da criança, até mesmo para que ela possa suprir a falta de visão, de movimentos, de audição, através dos sentidos e do movimento, o que muito auxilia em seu desempenho escolar.
A criança cadeirante no processo de Inclusão escolar
Uma criança com deficiências motoras severas e fala limitada e/ou inexistente tem dificuldades de manter uma conversa, ficando muitas vezes limitada a respostas de uma ou duas palavras. A criança cadeirante necessita que não apenas nas ruas, praças e transportes públicos, mas que também as escolas tenham meios de recebê-la, não dificultando a sua locomoção, pois isso gera o preconceito, o constrangimento de parecer “diferente” e que faz com que alguns colegas se considerem “superiores” somente pelo fato de não apresentar um problema físico evidente. Como pode ser analisado no vídeo Pedro e a Inclusão, deve haver pátios e parques nas escolas adaptados para a melhor locomoção e inclusão, para que haja uma real integração das crianças cadeirantes. Segundo a Apae (http://www.apae.org.br/) muitas vezes uma mãe de criança cadeirante precisa rodar 20 vezes um mesmo brinquedo em uma praça por falta de opções para a sua necessidade, e o mesmo ocorre na maioria das escolas, apesar da inclusão.
A presença da psicomotricidade no currículo escolar na Espanha.
Na Espanha, a Psicomotricidade está presente no currículo de praticamente todas as escolas públicas e particulares. Há para as turmas uma sessão de uma hora de duração todas as semanas. Nessas sessões as crianças têm oportunidade de se expressar de forma plena, podem demonstrar como realmente são. Segundo o professor Miguel Liorca ( foto) “ Aplicam suas possibilidades cognitivas , físicas, psíquicas, afetivas, relacionais e tantas outras que só são possíveis de serem vistas quando uma criança brinca.” Vale ressaltar que a psicomotricidade não é apenas brincar em uma sala com matérias coloridos, outras crianças e um adulto. No trabalho psicomotor há espaço para uma verdadeira inclusão. Nele as crianças realmente fazem aquilo que sentem vontade, se expressam à sua maneira e assim podem aprender e a respeitar os outros. Compreendem e aprendem a ter limites sem que para isso seja necessário castigo ou punição. Assimilam conceitos, interiorizam valores e demais ensinamentos, os quais serão utilizados ao longo da vida, aprendendo de forma divertida, efetiva e rica em experiências.
A Psicomotricidade relacional é um método desenvolvido pelo francês André Lapierre, com seus fundamentos na teoria de Henry Walllon. O alicerce deste método está na comunicação não- verbal, com ênfase nos aspectos relacionas, psicofísicos, socioemocionais, cognitivos e afetivos de cada ser humano. Tem por escopo lidar com o ser humano e suas variadas formas de manifestação. É uma prática que procura dar espaço de liberdade onde a criança aparece inteira: com seu corpo, suas fantasia, sua inteligência em formação. Constitui também uma ferramenta importante para a compreensão do ser humano em sua globalidade, visto que são através do corpo que se podem mostrar desejos, frustrações, necessidades, desde a mais tenra idade. A Psicomotricidade Relacional vem ao encontro dos alunos como prevenção, levando-os a alcançar o equilíbrio no seu desenvolvimento.Por meio de trabalhos em grupo em que se privilegia a comunicação não-verbal, a Psicomotricidade Relacional na escola visa proporcionar: · Despertar para o desejo de aprender. · Prevenir dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica. · Estimular a criatividade. · Facilitar a integração social, elevando a capacidade da criança para enfrentar situações novas e criar estratégias positivas em suas relações. Estimular para o ajuste positivo da agressividade, inibição, dependência, afetividade, auto-estima, entre outros distúrbios do comportamento
Com esta prática, os pais têm a oportunidade de conhecer de perto o desenvolvimento psicomotor de seus filhos, a fim de que possam respeitar o seus ritmo individual e propiciar o desenvolvimento de suas potencialidades, através de exercícios, materiais e outros recursos para estimulação cognitiva e psicomotora. Serve também como espaço de socialização para pais e bebês, que dividem entre si as descobertas, dúvidas e alegrias de cada fase. Os grupos de estimulação propiciam um espaço para que os bebês passem pelas etapas do desenvolvimento motor e perceptivo de forma adequada (do ponto de vista do desenvolvimento muscular, sensibilidade e cognição), evitando que a criança transpasse etapas importantes para seu futuro. A estimulação tem objetivo na intensificação dos vínculos afetivos do bebê com sua família e o favorecimento da própria percepção, com os limites do corpo mais reconhecidos, as reações de proteção e segurança dos bebês no espaço mais desenvolvidas, maior qualidade de movimentos e conseqüentemente, maior auto confiança e auto-estima.
Diversidade - Imagem corporal ( Conclusão)
Com base nos videos ( um olhar sobre a inclusão,inclusão e Pedro e a escola inclusiva). O conceito "inclusão"devera ter uma aplicação mais vasta porque criança em qualquer altura de sua vida escolar e/ou extra escolar pode ter dificuldades educativas e/ou sociais(as que dizem respeito a sua etnia, classe social, etc.) e será com seus pares que ultrapassará essa fase, prosseguindo o seu desenvolvimento. Desta forma, as mudanças que ocorrem no sistema educativo irão beneficiar todas as crianças. Por outro lado, o desenvolvimento humano constrói-se em relação com o meio e com os outros. O indivíduo influencia mais também é influenciado. É nesta perspectiva que todos podem contribuir, para melhorar a nossa Sociedade. Pretende-se assim, atingir uma "Sociedade participativa" por todos, porque cada um tem algo de útil para o desenvolvimento da humanidade, potenciando a participação dos mais diferentes grupos e/ou indivíduos. As várias diferenças conjugam-se para o mesmo fim a "construção" de uma Sociedade inclusiva sem preconceitos onde todos têm direito à sua individualidade. A aquisição da conciência dos limites do próprio corpo é um aspecto importante do processo de diferenciação do eu e do outro e da construção da identidade. Por meio das explorações que faz, do contato físico com outrs pessoas, da observação daqueles com quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e comunica-se pela linguagem corporal. A instituição deve gerar um ambiente de acolhimento que dê segurança e confiança às crianças, garantindo oportunidades para que sejam capazes de: 4Experimentar e utilizar os recursos de que dispõe para a satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados, e agindo com progressiva autonomia; 4Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, conhecendo progressivamente seus limites, sua unidade e as sensações que ele produz; 4Brincar;
4Interessar-se progressivamente pelo cuidado com o próprio corpo, executando ações simples relacionadas à saúde e higiene; 4 Relacionar-se progressivamente com mais crianças, com seus professores e com demais profissionais da instituição, demonstrando suas necessidades e interesses.
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DATA: 20/08/2009.
AUTOR: CRISTIANE TINOCO DOS SANTOS CURSO: PEDAGOGIA DISCIPLINA: CORPO E MOVIMENTO PROFESSORA : FÁTIMA ALVES
PROJETO INTERDISCIPLINAR - CORPO E MOVIMENTO
As imagens acima retratam cenas cotidianas que favorecem, a partir do movimento, o desenvolvimento da criança de forma lúdica e prazerosa.
A progressiva ampliação e utilização do movimento vão possibilitar a criança o conhecimento e a apropriação do seu próprio corpo (imagem corporal). A partir do momento que a criança percebe que seu corpo lhe obedece, ela o utiliza com mais precisão. Quando já domina os movimentos e os aperfeiçoa, garante sua independência e autonomia locomotora.
Na infância, o conhecimento é movimento e esse movimento vem através do corpo. A criança nessa fase, ainda não tem a capacidade de abstração formada, e precisa vivenciar, descobrir, experimentar situações concretas para então construir seu próprio conhecimento a cerca de si mesma, do outro e do mundo.
Assim como nos mostra a disciplina de Corpo e Movimento, o desenvolvimento da habilidade motora, além de desenvolver potencialidades como: equilíbrio, força, velocidade, resistência, flexibilidade, necessárias para a vida prática e profissional de um indivíduo (como mostra o exemplo do balé chinês) ela dá base para que a criança construa as noções básicas do seu desenvolvimento intelectual, afetivo, social e relacional.
O corpo é a base inicial para que o professor inicie a exploração de todas as potencialidades da criança.
Cabe ao educador dispor de recursos simbólicos e motores que proporcionar atividades para que seu aluno possa interagir e utilizar através dos movimentos, as habilidades motoras em cada etapa da sua vida, assim como um crescimento de conhecimentos, de habilidades, de ação, de afetividade.
Também é importante que essas atividades contemplem a participação de todos os alunos, para que nenhum deles se sinta excluídos.
O grande problema é que muitos docentes, ainda procuram uma receita pronta para educar e formar indivíduos saudáveis, equilibrados, felizes, com objetivos e sonhos a realizar, dispostos a atuar e a lutar por uma sociedade mais justa, correta e humana. No entanto, sabemos que não existe resposta para esta questão.
Educar é correr risco, é errar tentando acertar, é saber superar as próprias expectativas, é compreender o outro na sua essência e totalidade, entendendo-o e respeitando-o em seus limites, possibilidades, gostos e preferências.
Educar é estudar a melhor forma de conceber junto com o aluno o processo de ensino aprendizagem, é conhecer quais os mecanismos e as formas que a criança utiliza para construir seu próprio conhecimento. Mas muitas das vezes, nosso olhar pedagógico não compreende e não consegue alcançar a dimensão do que significa o próprio ato de educar e limitamos nossa prática a um ensino reprodutivista; esquecemos que a
criança é fruto da semente que semeamos, assim com mostra o texto abaixo:
COMO A CRIANÇA APRENDE:
“ Assim é que a criança aprende, captando as habilidades pelos dedos das mãos e dos pés, para dentro de si. Absorvendo hábitos e atitudes dos que a rodeiam, empurrando e puxando o próprio mundo.
Assim a criança aprende, mais por experiência do que por erro; mais por prazer do que pelo sofrimento; mais por experiência do que pela sugestão e dissertação; e mais por sugestão do que por direção.
E assim a criança aprende pela afeição, pelo amor, pela paciência, pela compreensão, por pertencer, por fazer e por ser.
Dia a dia a criança passa, a saber, um pouco do que você sabe, um pouco mais do que você pensa e entende. Aquilo que você sonha e crê é, na verdade, o que essa criança está se tornando.
Se você se percebe confusa ou claramente, se pensa nebulosa ou agudamente, se acredita tola ou sabiamente, sem sonha sem graça ou dourados, se você mente ou diz a verdade, é assim que a criança aprende.
Professora: Fátima Alves As Estrelas: Janaina Oliveira de Souza Rosângela Ferreira da Silva Vanessa Ferreira Vania Regina Santigo da Cruz
Nas imagens, observamos crianças em diferentes fases do crescimento. Características motoras, emocionais e sociais são comuns possibilitando-nos avaliações e consequentes interferências em prol de seu desenvolvimento.
Desde o nascimento, a criança apresenta potencialidades para intercâmbio com o ambiente. Desse intercâmbio resulta controle do próprio corpo e a capacidade de extrair todas as possibilidades de ação e expressão que sejam possíveis a cada um.
A maturação do sistema nervoso central associado à ação do meio, resulta em rápidas mudanças que ocorrem principalmente durante os primeiros meses, respeitando-se as diferenças no ritmo de cada criança. Diversos estudos na área do desenvolvimento conseguem-se estabelecer um padrão de referência por faixa etária, que nos auxilia no conhecimento e na assistência de necessidades apresentadas.
Brincar e jogar são atividades inerentes da cultura infantil o que desperta natural interesse de pesquisadores e estudiosos na implicação dessas atividades para o resultado do desenvolvimento. O brinquedo é sempre um objeto intermediário que facilita a relação da criança com o mundo. É fundamental que todas as situações de jogos e brinquedos sejam interessantes para a criança, além de visar o entretenimento, amplia a qualidade do estímulo e alterna diferentes desafios.
Nas experiências com o corpo, a criança forma conceitos organizando seu esquema e sua imagem corporal. Por isso, cada vez mais os educadores, desde a Educação Infantil, utilizam essas estratégias no planejamento escolar. As atividades físicas favorecem o desenvolvimento mental e corporal, a socialização, a criatividade, a aquisição de hábitos e atitudes, visando à formação de personalidade equilibrada e autônoma.
A associação de aspectos físico, emocional, neurológico e social disponibiliza ao ser humano mecanismos para a realização da aprendizagem. A escolarização é importante para a aquisição de habilidades e competências necessárias a esta perspectiva.
Através da psicomotricidade, percebemos como esse esquema é construído no cognitivo infantil e como são desenvolvidas suas expressões e sua localização temporo-espacial. . A criança que domina os movimentos, e os aperfeiçoa, garante sua independência e autonomia locomotora da mesma forma que quando o utiliza, reforça sua compreensão.
Através das atividades psicomotoras, promovemos a interação entre o espírito e o corpo, entre a afetividade e a energia, sendo muito importante que a criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento, pois somente assim, alcançará seu equilíbrio e crescimento global.
"A integração sucessiva da motricidade implica na constante e permanente maturação orgânica. O movimento e seu fim representam uma unidade que vai se aprimorar cada vez mais, como resultado de uma diferenciação progressiva das estruturas integrativas do ser humano (ROSA NETO, 2002)."
Em nossos dias cada vez mais toma-se consciência da importância da dança como forma de expressão do ser humano, o movimento faz parte da vida de todo ser humano o corpo a todo instante experimenta e transforma-se; a criança mais ainda, pois esta descobrindo o mundo. A dança é uma ferramenta que irá mediar e provocar situações, onde a criança possa utilizar seu corpo por inteiro.Na educação, ela deve estar voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente e vai favorecer todo tipo de aprendizado que eles necessitam. Uma criança que na pré-escola tem a oportunidade de participar de aulas de dança, certamente, terá mais facilidade para ser alfabetizada, por exemplo. A dança educativa revela a alegria de se descobrir através da exploração do próprio corpo e das qualidades de movimento, além do divertimento, a dança faz com que a criança: encontre a postura correta e a elegância; ajuda na concentração e na memória; promove autodisciplina e incentiva a autoconfiança; a criança aprende a desenvolver a imaginação e a criatividade, melhora a preparação física e a expressão corporal; melhora o ritmo e a musicalidade, e a criança perde a timidez e tem ajuda para se tornar mais extrovertida com a dança a criança se observa, ao seu redor também é notado, a mesma terá como explorar o espaço e poderá manipular seus gestos e os movimentos. Podemos por meio da dança, potencializar a capacidade expressiva e comunicativa das crianças e satisfazer os seus corpos pensantes.
A dança sempre esteve e está presente em todos os nossos atos, principalmente quando nos referimos à criança, desta forma trabalhar com a mesma em nossas escolas é garantir as crianças uma aprendizagem prazerosa e significativa, na qual estão inseridos os processos de interação, socialização, criatividade, imaginação e expressão livre e criativa.
A Importância do Jogo na Educação Infantil
È através do jogo que induzimos às crianças desde cedo a aprender os principais costumes inerentes ao ser humano. Os jogos e as brincadeiras são muito importantes para o desenvolvimento infantil, já que fazem parte do seu cotidiano desde o início de suas vidas, através do jogo as crianças brincam representando vários papéis, repetindo-os e inovando-os, exercitando sua criatividade. Quando elas cansam dessas
variações modificam e dificultam a maneira de jogar, tornando-o mais interessante, fazendo com que elas tomem decisões a respeito do jogo. Este processo é muito importante, pois a criança se dá conta de que não é um ser único, e que há outras crianças que, como ela, também podem decidir, através do jogo a criança desenvolve as suas capacidades básicas e cria outras que até então não eram perceptíveis à primeira vista. A imitação, a estimulação da curiosidade, o espírito de equipa, a competição saudável, a motivação são apenas algumas características que são potenciadas na criança através do jogo.
Também através do jogo, a criança manifesta sua criatividade, espontaneidade, iniciativa e imaginação.
Os jogos estimulam o desenvolvimento social e educativo pela aquisição de valores imprescindíveis para a constituição do caráter da criança, os jogos e os brinquedos fazem parte da vida da criança, pois elas vivem num mundo de fantasia, de encantamento, de alegria, de sonhos, onde realidade e faz-de-conta se confundem o jogo está na gênese do pensamento, da descoberta de si mesmo, da possibilidade de experimentar, de criar e de transformar o mundo.
A MÚSICA À FLOR DA PELE
O Episódio Ballet Chinês é representado por 21 bailarinas com deficiência auditiva, onde em seu show demonstra uma verdadeira ilusão com múltiplos braços e pernas, todas elas fazendo a coreografia em um mesmo momento, mesmo lado, em seqüencial, todas dançam no mesmo ritmo, fazem os mesmos gestos, intercalam no mesmo instante, é lindo. Esse show reflete-se na inclusão e na expressão corporal, pois cada bailarina surpreende-se até onde pode chegar, ultrapassando limites e barreiras. Diante desse espetáculo, observa-se a importância do movimento do corpo como foi feito tudo no seu tempo e espaço, respeitando uns aos outros, o SENTIR mais aguçado de cada bailarina. A Inclusão coloca-se nas obrigações, no comparecimento freqüente para os ensaios, o “não a desigualdade” para fazer esse lindo espetáculo.
O papel da didática enfatiza os movimentos corporais. Estes são as formas básicas da expressão rítmica. Aproveitam-se os impulsos dos gestos para vitalizar a comunicação e o ritmo musical. Qualquer atitude ou movimento tem o seu próprio tempo rítmico, entende-se por tempo, a duração de um ponto a outro dentro do espaço. O ritmo consiste em movimentos seguidos, possui quantidade e qualidade que se relacionam durante o movimento com intensidade e altura.
Em todos os seres humanos o ritmo está presente da concepção ao nascimento, não apenas pelas batidas do coração, mas também pela respiração. Com base em informações visuais e concretas, são feitas analogias que servirão de base que envolve todo o trabalho rítmico.
Destarte comentar que o Episódio uniu movimento, beleza, harmonia e encantamento.
Dançar a música sem ouvi-la, apenas sentindo a pressão provocada pelas ondas sonoras. Absorto no silêncio, ganhar auto-estima e reconhecimento num espetáculo em que, entre surdos e ouvintes, não há coadjuvantes.