GRUPO MOVIMENTO

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE IAVM Lúcia Nogueira Bezerra Ribeiro Luiza Maria Dellatorre Silva Marcela Alves Gomes Licenciatura em Pedagogia Professora Fátima Alves

A PEDAGOGIA DO CORPO E DO MOVIMENTO

As práticas sociais estão presentes na rotina e nas relações sócio-emocionais que revelam as tensões quando entendemos que o corpo é vetor de construção de identidades.

A pedagogia do Corpo se refere ao Movimento humano, à motricidade humana, que é um campo acadêmico-profissional e tem no corpo a sua cultura de movimento é um espaço de intervenção social.

A atividade de intervenção sócio-pedagógica visa através dos sentidos (audição, tato, olfato, visão e degustação), despertar o processo do desenvolvimento das inteligências sensório-motoras, contribuindo com a construção da cognição e das relações sócio-afetivas. A proposta da intervenção pedagógica na elaboração do entendimento e compreensão do mundo defende a necessidade do ser completo saber refletir e agir sua postura cidadã, entendendo o ser total como corpo e movimento.

No contexto contemporâneo, onde os sentidos são deseducados pela pedagogia do reducionismo, elevando o consumo ao pódio de maior valor de mercado como prática rotineira, quase coisificamos nossos gestos e movimentos comprometidos com as relações interpessoais, profissionais e individuais.

Ao estabelecer elos entre o Corpo e o Movimento na mediação do processo de ensino e aprendizagem, fica estabelecido o sujeito em ação (a criança), através de momentos construídos de forma dinâmica e global, dentro de um processo de pensamento, apossando-se do significado da realidade concreta e mobilizando-se para o processo pessoal de aprendizagem.

Neste sentido, aprofundar o entendimento do Corpo do Movimento humano através das práticas individuais e coletivas, é a proposta também para o desenvolvimento do aprendizado cooperativo.

A RELAÇÃO DO CORPO COM O MOVIMENTO

É quase instintivo. Você vê um bebê e começa a balbuciar, sorrir e fazer caretas para despertar algum tipo de reação. Mas se mesmo assim o rostinho continuar impassível, tenha certeza de que a criança está processando todas as alterações no formato do seu rosto e no ritmo da sua voz!

O desenvolvimento faz parte do aprendizado dos bebês que processam estímulos de diversos sentidos e será levado para toda a sua experiência nos anos posteriores. Os especialistas informam que os primeiros movimentos do bebê são mais gerais do que específicos, reagem ao estímulo sem responder a sua origem.

Dessa sorte, podem afirmar que o recém-nascido não possui capacidade de considerar objetos como externos a ele, portanto, vida e consciência não são coletâneas. Já intra-útero, o bebê demonstra ritmo e emite movimento com ritmo. Ritmo, música, dança, parecem constituir-se, dessa forma, nos seus primórdios, num estágio de vida que antecede ao próprio nascimento.

A extraordinária estrutura do corpo, bem como as surpreendentes ações que são capazes de executar, são alguns dos maiores milagres da existência.Cada fase do movimento, cada mínima transferência de peso, cada gesto de qualquer parte do corpo revela um aspecto de nossa vida interior.

Os movimentos expressivos do corpo identificam a necessidade natural que o ser humano tem de expor seus sentimentos e pensamentos de forma sistematizada ou não, evidenciando o espírito artístico ou simplesmente como forma de lazer. Podemos expressar sentimentos sem pronunciar uma palavra, mas através apenas de simples movimentos de expressão corporal.

Na dança, na ginástica, no abraço, no toque, enfim, de diversas maneiras, usamos o nosso corpo para manifestar, expandir nossas emoções.

É importante desenvolver um trabalho com a criança, através de expressão corporal, pois assim, abre-se a possibilidade para ela fomentar o auto conhecimento, a auto-afirmação, a curiosidade. Ao sentir o movimento, passa a modificá-la e ressignificá-la dentro de sua condição social e cultural, expressando-se, dialogando com o mundo. Possibilitar diversas experiências de movimento, contribui, problematiza e estimula o pensamento reflexivo

O AFETO O CORPO E O MOVIMENTO

Qual é a relação?

Acreditar que existem vez e voz, no emaranhado de sensações, que somos capazes de sentir no outro.
Acreditar que é possível perceber o gesto, o traço, o abraço e os apelos que ressoam através de nosso corpo pelo movimento.
Perceber que o todo é tudo.
Que o sujeito de tudo somos nós.
Que um sem o outro, está vazio.
Refletir que todas as “Gias” do mundo acadêmico (psicologia, psicopedagogia, pedagogia) não são suficientes para completar o Único.
Que já vem pronto, completo, pra me desvendar, e me conhecer.
Pra se revelar e reconhecer em mim parte dele mesmo.