Corpo e Movimento IAVM

Nesse blog, falaremos sobre a Pedagogia do Corpo e seus fundamentos, das implicações do movimento à Educação, de uma visão da Psicomotricidade, seus elementos, fundamentos e sua contribuição para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Corpo e Movimento






























































Instituto A Vez do Mestre
Data: 27/08/2008
Autor: Grupo Atitude
Curso: Licenciatura Pedagogia
Disciplina: Corpo e Movimento
Professor responsável pela disciplina: Fátima Alves


Texto argumentativo sobre os vídeos apresentados durante o estudo dos conteúdos da disciplina Corpo e Movimento, elaborado pelas alunas Valéria Pedro, Eloisa Helena e Katia Elisabeth.
Vídeos: “Um olhar sobre a Inclusão”;
“INCLUSÂO”;
“Pedro e a Escola Inclusiva”.




Cada criança tem um jeito e um tempo próprios para aprender. É importante para todos aceitar as diferenças.
A criança portadora de necessidades educacionais especiais nunca deve ser tratada como “café-com-leite”, ela também tem suas potencialidades, (veja o vídeo “Um Olhar Sobre a Inclusão”), mas é necessário ter sobre ela um olhar diferenciado, inclui-la e manter esse olhar para que ela avance também. Isso inclui material didático que atenda suas necessidades ou espaço adaptado, como por exemplo, a construção de rampas para os cadeirantes, intérpretes, material em braile, e professores preparados. Em um trecho do vídeo “Inclusão” esse fato é bem lembrado através desta frase: “Sistemas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características.

De acordo com as teorias de André Lapierre, que dá grande importância à valorização das qualidades do aluno, concluimos que se acreditarmos que uma criança portadora de necessidades educacionais especiais tem menos capacidade de aprender que as outras, não estaremos valorizando o que ela tem de melhor, mas dificultando seu processo de aprendizagem.

O exercício diário de aceitação das diferenças, tolerância, solidariedade, possibilita a construção de uma relação de qualidade entre as crianças. No vídeo “Inclusão”, diz: “Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas.” Associo esse trecho a outro do vídeo “Pedro e a Escola Inclusiva” onde Pedro diz que troca saberes com o amigo Julio, e descobre quais são suas dificuldades. TODOS temos muito a aprender uns com os outros. O conhecimento das necessidades dos outros, também provoca a reflexão e sensibilização necessária à construção de um cidadão solidário.

De acordo com conteúdos abordados na disciplina Corpo e Movimento, é importante também, provocar a reflexão por parte dos alunos quanto às normas impostas pela sociedade em relação ao corpo e a tendência à valorização do outro por características físicas, além das conseqüências da supervalorização do corpo “perfeito”. O professor precisa amar-se e amar o próximo, para poder mediar a construção de valores como a auto-estima e valorização dos colegas justamente por cada um ser único com seus limites e possibilidades.

Esse tipo de atitude é importante para formação mais crítica e cultural. Os atos motores são indispensáveis nessa construção de conceitos através dos jogos e brincadeiras.
Na primeira infância é o momento da criança conhecer-se e passar a conhecer o outro, nesta fase, vive intensamente através das experienciações que fazem parte de seu dia-a-dia. Podemos dizer que a criança é o sujeito de seu próprio desenvolvimento. Porém, é importante nesta fase, a convivência social, onde esteja em contato com outras crianças, usando os sentidos, ou seja, o toque, sentindo a textura dos cabelos dos colegas; vendo as diferenças (cor de olhos, altura); ouvindo os diferentes timbres de voz; o que anda convivendo com o cadeirante (tão importante para um quanto para o outro), por exemplo. Isso justifica o trecho do vídeo “Inclusão”, que diz: “Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na criança.”Todo esse processo se dá através do jogo e do brinquedo.

O jogo e o brinquedo, são usados como recursos pedagógicos, de fundamental importância no desenvolvimento da cooperação, socialização, percepção, memória, atenção, ritmo, noções de tempo e espaço, lateralidade, habilidades motoras, de equilíbrio e até de limites. É através destes recursos que a criança expõe suas emoções e aprende a lidar com elas.
Por serem tão valiosos, o jogo e o brinquedo devem ter atenção especial do professor. Para que utilize coerentemente, facilitando descobertas e desenvolvimento das habilidades desejáveis a cada fase da criança, isso é psicomotricidade.

Outro aspecto que nos chama atenção em relação aos sentidos, e sentimentos, é que quando damos à criança ou jovem, portador ou não de necessidades especiais, a oportunidade de expressar-se sem reservas,sem cobranças de que realize as atividades do modo que achamos ideal, ela écapaz de realizações magníficas.


Vemos um exemplo claro disso, no vídeo sobre o balé chinês. Onde as jovens expressam-se com tanta harmonia. Dentro de uma visão antiquada, elaspoderiam jamais ter tido a chance de dançar, simplesmente porque não podem ouvir a música. Comprovando que a dança, não é conseqüência da música, e sim uma forma de expressar-se corporalmente. Um outro exemplo que gostaríamos de abordar é a Síndrome de Williams, que é rara, e por isso, pouco conhecida. Essa Síndrome tem influência sobre o desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor. As crianças que têm Síndrome de Williams têm baixíssimo Q. I., mas normalmente apresentam um talento musical incomum, com memória auditiva inata que os músicos costumam treinar muito para obter. Mas, a música não é conhecida como uma arte matemática tão complexa? Como pode isso? Quando mantemos nossa atenção nas possibilidades, podemos ajudar as crianças aproveitarem o que têm de melhor.

Uma sociedade para tornar-se realmente inclusiva precisa da ajuda detodos. Pais, profissionais, governantes... e isso começa em casa e na escola. Numa escola onde as diferenças são respeitadas, mas além disso, há preparo dos profissionais para lidar com essas diferenças de forma adequada.
A inclusão é possível, quando acreditamos que todo indivíduo é capaz, tem um potencial a ser desenvolvido, desde que respeitada a especificidade de cada um, dadas as condições necessárias e estabelecido um vínculo afetivo entre os envolvidos.As dificuldades imprimem um ritmo, mas não impedem o desenvolvimento; colocam barreiras, mas não fecham os caminhos. Temos que ser sensíveis para incluir a forma singular de cada indivíduo, promover situações de aprendizagem e estarmos capacitados como professores, para trabalharmos com a diferença, com a diversidade.O olhar do professor é uma habilidade além dos padrões pedagógicos e que faz do aluno um ser mais confiante enquanto ser pensante. É esse olhar que leva o professor a elogiar mais do que criticar, escutar mais do que falar, de ler mais o que não foi dito, e de fazer o aluno descobrir-se mais pelo acréscimo e não pelo déficit."Aqueles que são diferentes de mim não me prejudicam; muito pelo contrário, eles me enriquecem. Nossa unidade se fundamenta em algo mais elevado que nós mesmos - no serno ser humano... " (Antoine de Saint-Exupéry).
Os textos deste blog são baseados no conteúdo estudado em classe, na disciplina Corpo e Movimento, sobre a Síndrome de Williams, há um especial da TV Escola, que apresenta um estudo detalhado sobre o assunto. O link acima contém outras informações sobre o assunto.

Um comentário:

Pedagogia disse...

Gostei do que vi e souberam associar com propriedade as imagens as palavras. O conteúdo está significativo. Parabéns. Fátima Alves