Corpo e Movimento IAVM

Nesse blog, falaremos sobre a Pedagogia do Corpo e seus fundamentos, das implicações do movimento à Educação, de uma visão da Psicomotricidade, seus elementos, fundamentos e sua contribuição para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.

quinta-feira, 12 de março de 2009

GRUPO SEMPRE UNIDAS!

• Nome da instituição: Instituto A Vez do Mestre
• Data:12 de março de 2009
• Nome do autor: Grupo "Sempre Unidas!" Integrantes: Ana Lúcia Chagas Pereira, Marta Gomes de Castro e Renata Dias Batista
• Nome do curso: Curso de Graduação em Pedagogia/ Núcleo Macaé
• Nome da disciplina: Corpo e Movimento
• Nome do professor responsável pela disciplina: Fátima Alves


A criança não “tem” corpo, ela é o “corpo”



A criança é sinônimo de movimento, pois, através dele vive e manifesta suas emoções. É pelo movimento que a criança interage com o meio ambiente para alcançar seus objetivos ou satisfazer suas necessidades.
É por meio dele que ela se relaciona com o outro, descobre quem é e o que é capaz de fazer. Expressa sua criatividade e soluciona seus problemas motores.



A psicomotricidade condiciona todos os aprendizados infantis, levando a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilidade, coordenar seus gestos e movimentos.
Desenvolvemos no ambiente escolar recursos da psicomotricidade para as crianças do grupo 2, realizando atividades físicas como: virar cambalhota, saltar, pular, rolar, andar de diferentes formas e ritmos, saltar sobre objetos e de objetos, passar no túnel, brincadeiras com o bambolê, dentre outras.
“A coordenação motora geral vai influenciar no completo domínio do corpo e na melhoria das sensações e percepções. Contribui para a execução e controle dos movimentos precisos e tomada da consciência do próprio corpo.”




“A atenção se concentra alternativamente sobre cada um dos elementos que compõem a ação: aquisição dos dados espaciais, aperfeiçoamento do controle motor, domínio temporal, utilização espontânea ou reflexiva das aquisições ou ainda, iniciativa pessoal e criação de novas formas.”



“O desenvolvimento corporal também representa função de socialização do indivíduo.”
“Os movimentos devem ser dados partindo-se do ritmo espontâneo da criança até que consiga executá-los com a disponibilidade necessária para dirigir o movimento corporal.”
“O equilíbrio é a capacidade de sustentar o corpo em diferentes posições contra a lei da gravidade. Seu desenvolvimento adequado permitirá a correta construção do esquema corporal favorecendo a mobilidade das partes do corpo da criança, tornando os movimentos mais harmoniosos.”


“zig, zig e rola ,eu vou virar uma bola!”
Movimento: virar cambalhota e rolamentos:


“Pedala, pedala, pedala pedalinho
me leva pra longe bem devagarinho!
O mar está bonito, está cheio de caminhos!
Pedala, pedala, pedala pedalinho...”
Atividade: movimento de bicicleta no ar.

“A criança de dois a sete anos vive a fase dos movimentos chamados sedimentares tais como:
Andar de diferentes formas
Correr
Saltar
Dependurar
Rastejar





Esses movimentos dão essenciais para a criança e não precisam ser ensinados. Porém é preciso estimular as crianças a executá-los.
“A noção de espaço é o resultado da experiência pessoal. Gradativamente o sujeito vai estabelecendo uma relação de separação, vizinhança e ordem entre os objetos.”
“ Nada provoca mais a criança que o movimento, a luz, o som, as cores."
“As primeiras experiências sociais se realizam através do contato com o corpo das significativas par a criança.”
“Esquema corporal é a consciência do próprio corpo, de suas partes, posturas e atitudes, de seus segmentos, suas possibilidades de movimento, e suas limitações espaciais, tanto em repouso quanto em movimento. A criança percebe-se e percebe as coisas que a cerca em função do próprio corpo."
“Estruturação espacial é a tomada de consciência do próprio corpo no espaço, depois perceber a posição dos objetos sobre si mesmo, e por fim perceber a relação dos objetos entre si."

CONCLUSÕES DO GRUPO

É inegável que a Educação Física, desde que adequada, tem uma enorme contribuição ao desenvolvimento global da criança. Ela é, sem dúvida, a alternativa mais enriquecedora de experiências de movimentos. Entretanto, para que ela cumpra seu papel é necessário, principalmente, que seja institucionalizada como uma disciplina com objetivos específicos de educar o movimento e através dele educar a criança como um ser total.Para que a educação Física alcance seus objetivos, e consequentemente a Educação como um todo, é necessário que se constitua num espaço onde a criança e o professor possam produzir criar, experimentar e aprender movimentos. Ela deve oferecer uma multiplicidade de movimentos que promovam diferentes aprendizagens motoras, contribuam para o desenvolvimento harmonioso da criança, favorecendo e valorizando o seu potencial lúdico e criativo.A seleção dos objetivos, atividades, métodos e critérios de avaliação da Educação Física prescinde de conhecimentos das características do desenvolvimento motor da criança.Os estudos nos mostram que a criança de dois a sete anos, aproximadamente, vive a fase dos movimentos fundamentais e é capaz de aprimorar os movimentos chamados rudimentares tais como andar, correr, saltar, subir, lançar e dependurar. Esses movimentos são essenciais para a criança e não precisam ser ensinados. Porem é preciso estimular a criança a executá-los. Assim, as aulas de Educação Física para crianças dessa faixa etária precisam fornecer condições físicas e emocionais para que ela vivencie esses movimentos de maneira espontânea e criativa.A criança na faixa etária de sete a doze anos vive a fase da combinação de movimentos fundamentais. Existe uma infinidade de combinações de movimentos, como por exemplo, correr e pular, pegar e alcançar que precisam ser vivenciadas pela criança. E é importante lembrar que, se nessa idade ela não adquiriu essas habilidades, certamente apresentará, ao longo de sua vida, problemas motores que terão implicações de ordem emocional, social e intelectual.A partir dos doze anos, a criança entra na fase dos movimentos culturalmente determinados. Os movimentos aprendidos nessa fase – gestos esportivos, utilitários – estão na dependência de uma boa vivencia dos movimentos característicos das fases anteriores.É importante que o professor conheça o desenvolvimento motor da criança para não desprezar ou saltar etapas, o que poderá ser extremamente prejudicial ao desenvolvimento infantil.Além disso, é necessário que o professor atue como facilitador e motivador da participação de todas as crianças, harmonizando as relações entre elas. É preciso garantir a todos a oportunidade de criar novas experiências de movimentos.É fundamental que a Educação Física não se justifique simplesmente por sua obrigatoriedade legal. Ela precisa se justificar pelo direito e pela necessidade de educação do movimento, pelo movimento.

FONTE PESQUISADA
Caderno de Estudos "Corpo e Movimento", professora Fátima Alves, Instituto A Vez do Mestre
Revista Avisa lá, nº 11 – Edição julho/2002-Coluna: Conhecendo a criança
Livro: O adulto diante da criança de 0 a 3 anos – Relação Psicomotora e formação da personalidade. André e Anne Lapiérre e outros

Um comentário:

Fatima Alves disse...

O movimento apoiado produz uma resposta de energia dotada de uma qualidade muito interior, que torna possível uma natural adequação do movimento à realidade corporal.
O corpo e o movimento têm que ter uma entrega total, de um deixar-se sentir.
As experiências possibilitam a autonomia e a liberdade no processo de aprendizagem.
Todo movimento deve ser resultado de uma atitude muscular receptiva, de um estado de tonicidade muscular ideal.
Devemos conscientizar o que sentimos para permitir o usufruto ou recusa do que percebemos.
O resultado tem que ser sempre valioso.
A pessoa que se move se renova e se torna lúcida para perceber o que acontece com ela.
Vocês conseguiram demonstrar como uma atividade compromete a totalidade do ser humano.
Parabens pelo trabalho!
Sejam bem vindas ao Corpo e Movimento.
Fátima Alves