Corpo e Movimento IAVM

Nesse blog, falaremos sobre a Pedagogia do Corpo e seus fundamentos, das implicações do movimento à Educação, de uma visão da Psicomotricidade, seus elementos, fundamentos e sua contribuição para o desenvolvimento da criança e sua aprendizagem.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Corpo e Movimento

• Nome da instituição: A Vez do Mestre
• Data: 11/03/2009• Nomes: Ana Luzia Guimarães Soares e Sandra Carla de Oliveira
• Nome do curso: Graduação em Pedagogia – Turma: 2009.1
• Nome da disciplina: Corpo e Movimento
• Nome do professor responsável pela disciplina: Fátima Alves

A gente não quer só comida...
Nossas fomes
“existe uma tendência nas pessoas no sentido de pensarem que os outros têm somente fome de comida: que o um indivíduo necessita para ser feliz é somente alimento, roupa e casa.
...o ser humano tem outras fomes... Temos outras fomes a serem saciadas...

Fome de estímulo
O ser humano necessita de sensações físicas, e de variar essas sensações, de estimular os sentidos ( olfato, visão, audição)

Fome de contato
Alguém tocando a cabeça do outro, um abraço de irmão, um olhar...
Muitas vezes, as pessoas acabam reprimindo esta fome, e trocando o contato físico por reconhecimento verbal.



Fome de conhecimento (= ser conhecido)
Todos nós necessitamos ser reconhecidos, que as pessoas nos identifiquem, cumprimentem e nos valorizem.
Sem dúvida, a pessoa que nos faz o reconhecimento também é importante.
Pois se eu valorizar mais esta pessoa, sua Valorização de mim vai ser mais importante ainda (pense nisto, colega. Nós, professores, somos uma figura de Valorização para o aluno. Se o valorizamos, a tendência é que ele se alimente desta Valorização e cresça).


Fome de estruturas
As estruturas são pontos de referências e os seres humanos necessitam ter referências, ver o mundo de uma maneira estruturada.
As estruturas levam as pessoas a terem suas referências. Já pensou o que seria de nós, se não tivéssemos permanentemente onde dormir, se nossa casa mudasse de endereço todos os dias?



Fome de incidentes (= acontecimentos)
Precisamos de acontecimentos que nos tragam surpresas, novidades e excitação.
Necessitamos de beleza e do fascínio do inesperado.
A rotina, a repetição constante de qualquer coisa, por mais prazenteira que seja leva-nos à saturação, à perda do interesse por algo monótono.
Precisamos de algo novo, que nos traga de volta o brilho para nossa VIDA”




“Apesar de a relação brinquedo – desenvolvimento poder ser comparada à relação instrução – desenvolvimento, o brinquedo fornece a ampla estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência”.
Vigotsky
Muito se tem discutido sobre a importância do brinquedo, da brincadeira e do jogo no desenvolvimento infantil. Psicólogos como Piaget e Vigotsky estudaram profundamente essa questão e de que maneira o brincar se transforma, à medida em que a criança vai crescendo e amadurecendo.
Brincar na infância é um meio pelo qual a criança vai organizando suas experiências, descobertas e recriando seus sentimentos e pensamentos a respeito do mundo, das coisas das pessoas com as quais convive.
As brincadeiras, para as crianças, estão repletas de desafios, experimentos e prazeres, e trazem consigo a vivência de alguma situação anterior, a descoberta de novas fases possibilidades de algo conhecido ou a resolução de uma dificuldade nova.
Brincar, sentir prazer na criação, sentir-se capaz de, a partir das próprias mãos ou do próprio corpo é construir algo significativo.
Há milhares de anos, o homem faz uso desses mesmos elementos. No entanto, cada novo ser, mesmo empregando essas coisas “antigas, cria sempre algo diferente.
Os jogos possibilitam a produção de uma experiência significativa para as crianças. Os recortes de certas posições ou movimentos em um jogo criam condições para a reflexão e o aperfeiçoamento de esquemas utilizados pelas crianças na medida em que possibilitam um aprofundamento do saber dizer, do saber fazer, de tomar decisões, correr riscos, antecipar, encontrar razões ou regularidades. Enfim aprender de uma forma talvez mais significativa e autônoma.

Um comentário:

Fatima Alves disse...

Precisamos estar alertas para perceber os olhares. A ação tem que se tornar conveniente. Não devemos reprimir a linguagem do corpo. Estamos na fronteira do conhecimento. Buscando a emoção para consumir a intensidade da energia quando começa a fluir da linguagem do corpo, contagiando a todos e verificando o desperdício do tempo que levamos quando não utilizamos nossos corpos de maneira não reprodutor.
Vocês conseguiram absorver a essência dessa busca. Alcançar as fronteiras e a ultrapassar os obstáculos.
Parabéns pelo trabalho.
Sintam-se bem vindos ao Corpo e Movimento.
Fátima Alves